terça-feira, 15 de maio de 2007

Desacerto Humano

Nascido nesse grande cárcere
sem destino certo, sem futuro esperado.
Desacerto humano.
Sobrevivente da falsa ilusão
da auto-exclusão desse imundo mundo,
erra a cada passo, falha em cada esquina,
se esquiva;
justifica toda sua mediocridade
focando olhos alheios nos anseios do próximo.
Um gênio sem invento, um guerreiro sem espada, um mártir sem fundamento.
Renasce a cada piscada, cada degrau pulado.
Trapaceou toda humanidade,
se coroando o próprio rei
do império liberdade.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Vai uma batatinha quente?

Estive pensando sobre o polêmico assunto “pena de morte”, terminei por descobrir (ou apenas imaginar) a infinidade de coisas que estão por trás disso, e o principal, o resultado disso tudo.
Se a ética e o famoso “direitos humanos” forem esquecidos por um momento para uma análise fria e calculista, a resposta do "por que" da pena de morte é puramente “controle populacional” dentro das penitenciárias.
Vamos começar do começo: os presídios são construídos com dinheiro estatal com custos altíssimos, onde não há retorno financeiro, apenas gastos com infraestrutura, alimentação, segurança, sistema de transporte, entre outras inúmeras despesas, mais uma vez, sem retorno. A quantidade de crimes não param de aumentar, todo dia centenas de prisões são (ou deveriam ser) efetuadas, mas onde pôr tanta gente? Construir mais alojamentos seria uma solução viável? Ou será que diminuir, ou sumir, com parte da população já existente seria a solução menos gastosa?
Pensar que a morte corrige o indivíduo é dificil de ser aceito até por um quadrúpede. Servir de exemplo para os outros... Hmm... Que tal varrer o chão ou lavar uma pilha de roupas, seria um exemplo melhor, do que MATAR alguém. Não que eu seja contra, minha opinião ou a sua não tem relevância aqui, estamos diante de fatos.
Voltando, a única e mais racional razão para a pena de morte é apenas diminuir o contigente para que um novo rebanho possa desfrutar das maravílhas carcerárias.
Como no Brasil a pena de morte não existe, resta apenas uma pergunta: Pra onde vão os novos detentos? A resposta é simples: não vão! Acreditem (quem acha isso novidade), existem centenas de mandados de prisão, mas não são cumpridos por falta de espaço. As autoridades inclusive tem meios para capturar tais criminosos, mas simplismente nem tentam por que não saberiam onde enfialos (pensou no mesmo que eu?).
Resumindo essa primeira parte: Temos criminosos em liberdade nas ruas, porque nosso governo não investe em novos presídios. A culpa não é da falta de polícia (mas que falta, falta), a culpa também não é da educação (não, não é! ), mas se você insiste...
O governo quer investir em educação, pois no momento é super hype falar sobre isso. A educação é a base de tudo e toda aquela baboseira que estamos acostumados a ouvir em horários políticos, mas que tal analisar, ao invés de apenas acatar a palavra de um asno candidato a ganhar seu dinheiro sem esforço. Se o Brasil investir em educação e a taxa de analfabetismo diminuir, a taxa de alunos com segundo graus completo aumentar, a taxa de formados universitários aumentar, o que vamos fazer? Montar times de futebol? Não temos empregos disponíveis nem para os 10% da população que chega ao terceiro grau, imagine se todos tivessem a mesma oportunidade? E essa falta de emprego, infelizmente, nada tem a ver com o problema da educação, isso é resultado de uma economia emergente, como a nossa. Investir na educação no máximo faria com que nossos criminosos fossem cultos, como Fernandinho Beira-Mar, que lê livros clássicos, fala melhor que os jornalistas que o entrevistam e consegue comandar todo o comércio de ilícitos do centro ao sul do país de dentro de uma cela, sem meios de comunicação (??). A educação é outro problema, que influi na criminalidade, mas não é o fator principal.
E agora? A melhor das desculpas não serviu, o que fazer então?
Que tal investir em treinamento policial, salários para essa classe (ninguém dá a vida por R$ 850,00 + descontos), novos presídios, novos delegados e juizes (tirem os velhos corrúptos! Já encheram demais os bolsos de dinheiro!) e por que não um novo sistema político, com uma nova redistribuição de encargos.
E por que não colocar nossos queridos criminosos pra fazer coleta seletiva de lixo, reciclar, replantar, trabalhar e, aí sim, ser reinserido na sociedade. Temos uma vasta mão de obra estacionada nos presídios, que por falta de atividade, acabam formando uma faculdade do crime.

O nome disso é planejamento. Projetos! Metas! Coisas palpáveis!
Mas será que eu, que nem ganho pra isso, muito menos gosto de política, vou ter que fazer o trabalho sozinho? Excelentíssimo Presidente, é pra isso que a gente te paga, jajá vai querer que limpemos sua bunda, mas é muita fezes para poucos sofridos como nós.