quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

O dia em que sua auto-confiança te desafiou.

É engraçado imaginar que o sentimento que nos deixa mais perto do verdadeiro sabor da vida é a dor.
A dor física nos faz lembrar de cada célula de nosso corpo, como pode ser notado ao sentir sua pele sendo rasgada por uma lâmina.
Você sente cada célula sendo separada da outra
e seu corpo avisa;
reclama a saída da normalidade;
berra impulsos te arrastando a um turbilhão de sensações estranhas, criando a ilusão de que parte de você foi violado, destruído, te deixando menos vivo.
A vida diminui em cada passo; cada átomo deixado pra trás leva também parte da sua matéria, sua energia, sua existência.

A dor psicológica nem deve ser comentada, evitando qualquer tipo de apologia à tristeza, que mesmo sendo, nunca deveria ser nossa intenção, não para viver bem, não para se manter integro. Essa dor não existe, é como uma combinação binária programada em nossas mentes, uma versão carregada de um software,
algo que pode ser manipulado se possuir a chave de acesso
destruindo-o antes de ser destruído por ele.
Interessante esse ponto de vista, han?
digamos... ousado, talvez fora da realidade.
Se quebrarmos a dor, não existimos,
já que só através dela tomamos a noção de que estamos vivos. Certo? Não responda essa pergunta.

Imagine agora um mundo sem dor. Feche os olhos e atravesse uma rua movimentada, uma avenida com carros desafiando os limites de velocidade. Espere o impacto, o arremesso impiedoso. Abra os olhos, você nem sentiu.
A matéria provavelmente não sobreviverá, por falta de algumas partes essenciais, essas coisas estudadas em medicina.
Mas você nem sentiu.
Algo de errado aconteceu. Você nem reagiu a isso. Errado. Muito errado.

Agora imagine um mundo onde a dor psíquica não exista.
Atravesse um corredor de pessoas frustradas, que externam o que acreditam acreditar, como forma de crítica aos seus métodos de vida, na tentativa de te causar alguma humilhação ou constrangimento.
Você sorriu. Quem esperaria por isso? Rir numa situação de desconforto. Esse sim é o mundo. Você achou a resposta,
pulou todo o processo que te levaria a falência espiritual,
cruzou a barreira da escuridão com apenas um sorriso.

Acreditou em você mesmo.
Largou a ancora que não te deixava ir pra frente em busca do seu principal objetivo, aquele esquecido embaixo de algumas contas a pagar.



Sorria.

terça-feira, 6 de fevereiro de 2007

Quatro maneiras iguais de se começar algo

Pensei cá comigo: como começar?
um desafio e tanto para quem não está conseguindo construir algo com nexo.
mas também por que haveria de ter algum sentido, se a intenção desse novo mundo
aqui escrito para vós, é quebrar o universo rotineiro, que te leva a acreditar
que o fim já chegou e estamos constantemente-todo-dia repetindo o ultimo dia de nossa existência.
Todo dia.